Agencia EFE –
As autoridades da Administração de Aviação Civil da China (CAAC, sigla em inglês) acusaram o piloto do avião da Embraer que se acidentou no último dia 24 no aeroporto da localidade de Yichun, no nordeste do país, causando 42 mortes, de ser o responsável pelo acidente.
Segundo o site "Sohu.com", um dos mais importantes do país asiático, as conclusões oficiais da investigação do acidente ainda não foram publicadas, mas apontam directamente para erros do capitão do aparelho, Qi Quanjun, que sobreviveu ao acidente.
O director de Aviação Civil da China, Li Jiaxiang, afirmou que as análises do cenário do acidente mostraram que o piloto cometeu um erro "muito básico".
"O avião fez acção de aterrar quando ainda não tinha chegado ao início da pista do aeroporto. Ele não teve um julgamento básico sobre o processo de aterragem", segundo Li.
O piloto, de 40 anos, tinha 4.250 horas em voos comerciais, e antes fez parte das forças aéreas do Exército de Libertação Popular (ELP) chinês.
Os relatórios de imprensa assinalaram que Qi Quanjun se retirou do ELP aos 33 anos para passar à aviação civil, onde fez testes para se tornar piloto dos aviões Boeing 737, sem conseguir a qualificação. Em seguida, conseguiu permissão para pilotar os Embraer E-190, de menor envergadura.
Os registos mostram Qi começou a capitanear este tipo de aeronaves no dia 7 de abril de 2009.
No dia 24 de agosto, um E-190 da companhia chinesa Henan Airlines se acidentou perto da pista de aterragem do aeroporto Lindu, na localidade de Yichun, na província de Heilongjiang, e ficou envolvido em chamas com 96 pessoas a bordo, no primeiro grande acidente da aviação chinesa nos últimos seis anos.
O incidente colocou em xeque a qualificação dos pilotos da aviação comercial chinesa, depois que foi provado que cerca de 200 pilotos da Shenzhen Airlines, proprietária da Henan Airlines, mentiram em seus currículos sobre a experiência de voo acumulada.
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